Por: Luis Felipe Cortoni
Veiculo: Site administradores.com
Link: http://www.administradores.com.br/noticias/ratos_pessoas_e_trabalho/15044/
Data da publicação: 24/04/2008
Resumo:
Nesta matéria, Luis Felipe Cortoni procura analisar os conflitos relacionais de um gestor de uma grande empresa com seu trabalho e traçar um paralelo desta relação com o cotidiano dos profissionais nas organizações contemporâneas, que dedicam tempo integral ao trabalho e recebem recompensas, nem sempre satisfatórias, pelo resultado obtido.
O autor usa como ponto de partida a frase: “Estou me sentindo um rato de laboratório“ dita pelo gestor em uma entrevista, referindo-se ás interferências ambientais e organizacionais em suas realizações pessoais e profissionais.
Cortoni faz uma analogia entre a vida do rato no laboratório com a vida do profissional na organização, onde os resultados exigidos são alcançados a custa de sacrifícios, inclusive, da vida pessoal e do laser com a família e, as recompensas, muitas vezes, não são suficientes para manter o trabalhador satisfeito e motivado, já que, geralmente, são de natureza pecuniária, apenas. E no ponto de vista do autor, este modelo de remuneração faz-se eficaz num primeiro momento, porém perde a eficácia com o decorrer do tempo, ele também defende as formas internas de motivação como meio de estabilizar o contrato psicológico do individuo com a empresa.
Por fim, o autor sinaliza que diferentemente do rato, o profissional é o protagonista das mudanças e cabe a ele decidir (ou não) em que condições e em qual organização deseja trabalhar.
Análise crítica:
O autor, utilizando, com habilidade, uma frase de efeito conseguiu discorrer sobre assuntos recorrentes nas organizações contemporâneas, como a escassez da forma interna de motivação, a carga de trabalho excessiva, a rigidez das empresas sobre a forma de se trabalhar, etc.
Cortoni é ousado e imparcial ao discutir sobre assuntos polêmicos como esses, porém suas idéias convergem com as de outros estudiosos, como por exemplo, as de Skinner, quando fala de motivação:
Skinner (2000), “Um grande equivoco ainda cometido por algumas organizações, é considerar a remuneração como o único ou mais importante fator motivacional (...)”.
O tema é de significativa relevância para a administração, já que aborda aspectos relacionados com a qualidade de vida e a satisfação no trabalho, a estrutura e a cultura organizacional, formas de motivação, além de explicitar o ponto de vista de um funcionário com relação à organização e sua forma de trabalhar, fatos que podem contribuir para estimular a criação de mecanismos que proporcionem mais satisfação na relação empregado/empresa e para nossas reflexões, enquanto futuros administradores.
Abraços,
Turma 10