sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Resenha do Capítulo I

Qualidade de Vida no Trabalho - QVT: Conceitos e práticas nas empresas da sociedade pós-industrial / Ana Cristina Limongi-França. – 2. Ed. – 2. Reimpressão. São Paulo: Atlas, 2007.

Resenha do Capítulo I
Escolas de Pensamento em Qualidade de Vida no Trabalho
(pág. 21 a 3
0)


Ana Cristina Limongi França, é a autora desta importante obra, que foi publicada em São Paulo pela Editora Atlas, sob o título “QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO – QVT – Conceitos e práticas nas empresas da soci
edade pós-industrial”, 2ª Edição, reimpressa em 2007, busca em seu capítulo inicial, demonstrar a evolução do tema “qualidade de vida no Trabalho”.

No primeiro capítulo, Escolas de Pensamento em Q
ualidade de Vida no Trabalho, ela levanta uma questão, quanto aos fatores que deram destaque ao tema no cenário atual, tão voltado para as descobertas tecnológicas: será que qualidade de vida é realmente necessária? Será que é uma coisa passageira, um modismo? Ou serão necessidades surgidas com a globalização?

Hoje nós temos um novo cenário que irá criar uma necessidade de adaptação das pessoas e das organizações. Nós vivemos uma nova realidade social. Com o aumento da expectativa de vida, que tornará as pessoas ativa
s e produtivas por muito mais tempo, vem à necessidade de se preservar a saúde, a partir da mudança de hábitos. A consciência da responsabilidade social e outras percepções advindas da globalização, capazes de difundir culturas, valores e idéias sobre o homem e o meio-ambiente, logo são adaptadas e absorvidas pelas pessoas, algumas vezes por necessidade e outras por afinidade.

As mudanças afetam diretamente o comportamento dos indivíduos, trazendo alterações psicossociais, porém, trazem também, um efeito colateral, o stress, que hoje ganha destaques, tanto na medicina, quanto nas organizações e é motivo de se redirecionar o foco da atenção de todos.

Parece que Isso responde a pergunta. QVT já é parte da área de saúde, e não só da saúde física, também da saúde mental dos indivíduos e, consequentemente, da sociedade e do mundo e por isso, dada a sua complexidade o tema passou a englobar também conceitos da Psicologia, Sociologia e Administração.

A Economia também contribui, fornecendo dados para que possamos conhecer os Índices de Desenvolvimento Humano (IDH), de Desenvolvimento Social (IDS) e de Condições de Vida (IDCV) e assim termos uma visão do panorama social mundial.

Existe uma maior consciência da importância da satisfação das necessidades básicas, identificadas e divulgadas através dos estudos de Maslow da “hierarquia das necessidades” e tão bem representadas em sua “pirâmide”, bem como dos modelos de gerências apresentados pela teoria X e Y.

Existem várias teorias de escolas de pensamento voltadas para o estudo de QVT, e por isso, a autora propõe, para fins de análise, uma fusão dos conceitos das mesmas, dividindo-as de acordo com a natureza dos conceitos.

Dentro desta proposta, as escolas foram divididas em:

Escola Socioeconômica, que engloba os conceitos sociais e todo o seu desdobramento.

Escola Organizacional, analisando os conceitos que envolvem os fatores organizacionais.

Escola Condição Humana no Trabalho, voltada para o conceito de pessoa biopsicossocial, ou seja, ela considera a dimensão biológica, psicológica e social do indivíduo.

Pela conclusão da autora, o resultado do estudo dessas escolas é que vai viabilizar a criação de critérios e métodos para chegar aos resultados esperados pela implementação de um programa de qualidade de vida no trabalho, tanto pelo ponto de vista empresarial como pessoal que é o real objetivo do QVT na empresa.


MATÉRIA JORNALÍSTICA

Título: Qualidade de Vida no Trabalho – Competência das Empresas do Novo Milênio
Autor: Flávio Freitas
Data: Janeiro/2007
Veículo: RH portal

Endereço: http://www.rhportal.com.br/artigos/wmview.php?idc_cad=5k0_10ice


RESUMO DA MATÉRIA:

O objetivo do artigo é analisar a necessidade de revisão dos conceitos de QVT e as estratégias de inserção e manutenção dos mesmos no contexto turbulento e mutável, provocado pelas transformações ocorridas nas organizações nas últimas décadas.

As demandas advindas da relação de trabalho demonstraram a necessidade de implantação de aspectos ético-legais, ergonômicos, de saúde e segurança, bem como sua manutenção.

O artigo analisa as políticas de QVT praticadas nas organizações, com relação a sua coerência, efetividade e os resultados apresentados.

O método utilizado para o trabalho foi a pesquisa desenvolvida por LIMONGI-FRANÇA (2001).

O resultado dessa pesquisa trouxe informações relevantes que justificam a criação de uma metodologia para QVT. Ela mostrou que a grande maioria dos pesquisados concordam que existe a necessidade de que a empresa tenha um Programa de QVT e também concordam que QVT contribui positivamente para a produtividade do negócio.

ANÁLISE CRÍTICA:

Os argumentos do autor são convergentes com os apresentados no capítulo analisado, pois ambos consideram que as mudanças ocorridas nos últimos anos transformaram pessoas e organizações e trouxeram consigo outras necessidades.

Os argumentos também sustentam os apresentados pela autora do livro e em outros trabalhos, onde ela também considera a necessidade de implementação de novas políticas de QVT, tendo em vista as mudanças no panorama social, por conta da globalização, aumento da expectativa de vida, dentre outros, bem como pelas demandas advindas das relações de trabalho.

O artigo também complementa o livro identificando essas necessidades e considerando-as como frutos das experiências vivenciadas pelo homem trabalhador que é a parte que mais será afetada positivamente ou negativamente por esses conceitos e métodos.

Abraços,
Turma 10